A estenose lombar, caracterizada pelo estreitamento do canal vertebral na região lombar, pode causar uma variedade de sintomas neurológicos devido à compressão das estruturas nervosas. Entre os principais efeitos, destacam-se a dor lombar crônica, que muitas vezes irradia para os membros inferiores, conhecida como ciatalgia. Essa dor é causada pela pressão sobre as raízes nervosas, gerando um desconforto significativo e, em muitos casos, incapacidade funcional.
Além da dor, a estenose lombar pode levar a fraqueza muscular e perda de sensibilidade nos membros inferiores. Esses sintomas são decorrentes da compressão das raízes nervosas que inervam os músculos das pernas. A redução da força muscular pode comprometer atividades cotidianas como caminhar, subir escadas ou levantar objetos, impactando diretamente a qualidade de vida do paciente.
A estenose lombar também pode provocar alterações na função esfincteriana, resultando em problemas urinários e intestinais. A compressão dos nervos que controlam essas funções pode levar a incontinência ou dificuldade para urinar e evacuar. Esses sintomas são frequentemente associados a um quadro clínico mais avançado e requerem atenção médica imediata.
Do ponto de vista da neurocirurgia de crânio, é crucial entender que a estenose lombar, apesar de localizada na coluna vertebral, pode influenciar o sistema nervoso central e periférico. A compressão crônica das raízes nervosas pode gerar alterações neurofisiológicas permanentes, sendo imprescindível uma avaliação detalhada para determinar a necessidade de intervenção cirúrgica. O tratamento precoce pode prevenir complicações severas e melhorar significativamente os resultados clínicos.
O diagnóstico da estenose lombar começa com uma avaliação clínica detalhada, onde o médico neurocirurgião realiza uma anamnese completa e um exame físico. Durante a anamnese, são investigados os sintomas do paciente, como dor lombar, irradiação para os membros inferiores, e quaisquer alterações sensoriais ou motoras. O exame físico pode incluir testes de força muscular, reflexos e sensibilidade.
Imagens de alta resolução são essenciais para o diagnóstico preciso da estenose lombar. A ressonância magnética (RM) é o exame de escolha, pois permite uma visualização detalhada das estruturas ósseas e dos tecidos moles, incluindo a medula espinhal e as raízes nervosas. A tomografia computadorizada (TC) pode ser usada como complemento para avaliar melhor as estruturas ósseas.
A eletroneuromiografia (ENMG) é outro exame importante, especialmente para avaliar a função dos nervos e músculos. Este teste ajuda a determinar o grau de comprometimento nervoso e a diferenciar a estenose lombar de outras condições neurológicas que podem apresentar sintomas semelhantes, como neuropatias periféricas.
Além dos exames de imagem e eletroneuromiografia, o diagnóstico da estenose lombar pode incluir a realização de testes funcionais específicos. Esses testes avaliam a capacidade do paciente em realizar atividades cotidianas e ajudam a identificar o impacto funcional da compressão nervosa. Uma avaliação precisa e abrangente é crucial para planejar o tratamento adequado e melhorar a qualidade de vida do paciente.
O tratamento da estenose lombar pode ser conservador ou cirúrgico, dependendo da gravidade dos sintomas e do grau de compressão nervosa. Inicialmente, abordagens conservadoras são recomendadas, incluindo fisioterapia, medicamentos anti-inflamatórios, analgésicos e injeções epidurais de corticosteroides para reduzir a inflamação e aliviar a dor.
Quando os tratamentos conservadores não são eficazes e os sintomas persistem ou pioram, a cirurgia pode ser considerada. A descompressão lombar é a principal intervenção cirúrgica para a estenose lombar. Esse procedimento envolve a remoção de partes do tecido ósseo e ligamentar que estão comprimindo as raízes nervosas, aliviando a pressão e reduzindo os sintomas neurológicos.
Em alguns casos, pode ser necessário realizar uma fusão espinhal em conjunto com a descompressão. A fusão espinhal estabiliza a coluna ao unir duas ou mais vértebras, utilizando enxertos ósseos e dispositivos de fixação, como parafusos e placas. Este procedimento é indicado quando há instabilidade vertebral associada à estenose lombar.
A escolha do tratamento é personalizada, considerando fatores como idade do paciente, estado geral de saúde e nível de atividade. A neurocirurgia de coluna utiliza tecnologias avançadas, como a navegação cirúrgica e a cirurgia minimamente invasiva, para melhorar os resultados e reduzir o tempo de recuperação. O objetivo final é aliviar a dor, melhorar a função neurológica e restaurar a qualidade de vida do paciente.
Dr. Felipe Mourão é médico Neurocirurgião no Rio de Janeiro dos principais hospitais e clínicas do Estado.
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