Dr. Felipe Mourão - Neurocirurgião
Como classificar a escala de Glasgow?

Classificar a Escala de Glasgow é vital na avaliação neurológica de pacientes, baseada em respostas motoras, verbais e de abertura dos olhos.
A Escala de Glasgow é uma medida internacionalmente aceita utilizada por profissionais de saúde para classificar o nível de consciência de um paciente após uma lesão cerebral. Para classificar a escala de Glasgow, é preciso levar em consideração três aspectos: resposta ocular (valor máximo de 4), resposta verbal (valor máximo de 5) e resposta motora (valor máximo de 6).
Para aplicar a escala de Glasgow, várias observações e intervenções precisam ser realizadas. Primeiro, verifica-se a resposta ocular do paciente, que varia desde a abertura espontânea dos olhos (4 pontos) até a ausência de abertura ocular (1 ponto). Em seguida, é verificada a resposta verbal, que varia desde a orientação correta (5 pontos) até a ausência de resposta (1 ponto). Finalmente, a resposta motora é testada, com a obediência de comandos recebendo a pontuação mais alta (6 pontos) e a ausência de resposta atribuída ao menor valor (1 ponto).
A classificação da escala de Glasgow é obtida adicionando-se as pontuações alcançadas em cada uma dessas três categorias. A pontuação total varia de 3 a 15, sendo que uma pontuação de 3 indica um estado de coma profundo e uma pontuação de 15 indica um estado completamente alerta e orientado.
Compreender como classificar a escala de Glasgow é vital para o cuidado do paciente, pois ela fornece uma métrica quantificável do nível de consciência de um paciente, permitindo que os médicos monitorem a progressão e resposta ao tratamento de uma lesão cerebral. Além disso, a escala de Glasgow auxilia na comunicação entre os profissionais de saúde, fornecendo uma linguagem padrão para descrever o estado de consciência do paciente.
Quando o paciente entra em sinal de alerta pela escala Glasgow?
Quando o paciente entra em sinal de alerta pela escala de Glasgow, é essencial um cuidado e monitoramento constante por parte da equipe de saúde. A escala de Glasgow é uma importante ferramenta no diagnóstico e avaliação do nível de consciência de um paciente, sobretudo após lesões cerebrais. Um sinal de alerta é quando o paciente registra uma pontuação baixa na escala, normalmente abaixo de 8 em 15 pontos possíveis. Essa pontuação indicativa de séria urgência pode estar relacionada com uma lesão cerebral severa, podendo sugerir a presença de lesões que requerem tratamento imediato.
Situações de emergência pela escala de Glasgow requerem intervenções rapidas e precisas. É crucial que a equipe médica reconheça sinais de deterioração potencial usando a escala e implemente as medidas apropriadas sem demora. Embora a escala de Glasgow seja uma avaliação subjetiva e amplamente baseada na interpretação do examinador, o papel vital que desempenha na avaliação do nível de consciência de um paciente, não pode ser negligenciada. Maiores esforços devem ser direcionados para garantir uma aplicação adequada e uma interpretação precisa da escala.
Em cenários onde as pontuações da escala de Glasgow são persistentemente baixas, o paciente é mantido em monitoramento intensivo. Nesses casos, a urgência é ainda maior. Assim, o acompanhamento pela equipe de saúde deve ser constante para detectar qualquer mudança no estado de consciência do paciente. Logo, a baixa pontuação representa um estado de alerta crítico, exigindo atenção redobrada da equipe médica e de saúde no monitoramento e tratamento do paciente.
Quais os principais pontos avaliados na escala de Glasgow?
Os principais pontos avaliados na escala de Glasgow são: abertura ocular, resposta verbal e resposta motora. A abertura ocular é considerada o primeiro ponto de avaliação, onde se observa se o paciente é capaz de abrir os olhos espontaneamente, em resposta a estímulo de voz ou dor. Isso é relevante para avaliar o nível de consciência do indivíduo e diversos outros fatores relacionados ao seu estado neurológico.
O segundo ponto da avaliação da escala de Glasgow é a resposta verbal. Isto é, a analise da capacidade do paciente de responder adequadamente com palavras ou frases coesas, avaliando se há alguma deficiência no entendimento ou produção da linguagem. Além disso, também se busca compreender se há confusão ou desorientação, que poderia indicar a presença de algum comprometimento cerebral.
Já o terceiro ponto avaliado na escala de Glasgow é a resposta motora. Esse fator engloba desde a observação de movimentos espontâneos até a resposta à estímulos dolorosos. O paciente é dado uma pontuação com base na melhor resposta motora que ele pode apresentar, sendo um indicativo crucial sobre o nível de danos neurológicos sofridos. Enfim, a combinação de todas essas avaliações compõe a pontuação final na escala de Glasgow, que pode variar de 3 a 15, fornecendo uma visão geral sobre o estado de saúde neurológica do paciente.