A convulsão é um distúrbio neurológico caracterizado por uma atividade elétrica anormal e excessiva no cérebro, resultando em uma série de sintomas que podem variar em intensidade. Existem várias causas que podem desencadear uma convulsão, e estas podem ser classificadas em diferentes categorias.
Uma das principais causas de convulsões são as epilepsias, que são distúrbios crônicos do sistema nervoso central. A epilepsia pode ter diversas origens, como lesões cerebrais decorrentes de trauma, tumores, acidente vascular cerebral (AVC), infecções cerebrais, malformações congênitas ou mesmo fatores genéticos. Essas condições levam a uma atividade elétrica anormal no cérebro, resultando em convulsões recorrentes.
Além da epilepsia, existem outras causas que podem levar a convulsões. Uma delas é a febre alta em crianças, conhecida como convulsão febril. Embora assustadoras, essas convulsões são geralmente benignas e não causam danos duradouros. Outras causas incluem distúrbios metabólicos, como hipoglicemia (baixo nível de açúcar no sangue), hipocalcemia (baixo nível de cálcio) ou distúrbios do metabolismo de aminoácidos. Certas condições médicas, como doenças renais, hepáticas ou cardíacas, também podem desencadear convulsões.
Além disso, o abuso de substâncias, como álcool ou drogas ilícitas, pode levar a convulsões. Essas substâncias podem afetar a atividade elétrica normal do cérebro, levando a episódios convulsivos. A retirada repentina de certos medicamentos, como benzodiazepínicos, também pode causar convulsões como resultado da dependência física.
Em alguns casos, as convulsões podem ser desencadeadas por estímulos externos, como luzes intermitentes, padrões visuais intensos ou estímulos sonoros. Essa forma de convulsão é conhecida como epilepsia fotossensível e é mais comum em pessoas com histórico de epilepsia.
É importante ressaltar que uma convulsão não é uma doença em si, mas um sintoma de um problema. Se alguém tiver uma convulsão, é fundamental buscar atendimento médico para determinar a causa e iniciar o tratamento adequado.
Para diagnosticar a causa da convulsão é preciso seguir algumas etapas de investigação, como:
O médico irá coletar informações detalhadas sobre os sintomas, histórico médico e familiar do paciente. Um exame físico também será realizado para identificar possíveis sinais de anormalidades.
A ressonância magnética (RM) e a tomografia computadorizada (TC) do cérebro podem ser solicitadas para detectar qualquer lesão, tumor, malformações ou anormalidade estrutural que possa estar causando convulsões.
É um teste que registra a atividade elétrica do cérebro. Um EEG pode ajudar a identificar padrões anormais de atividade cerebral que são comuns durante as convulsões, o que pode ajudar a determinar se a causa é a epilepsia.
Testes laboratoriais podem ser solicitados para verificar os níveis de glicose, eletrólitos, hormônios, enzimas hepáticas, função renal e outros marcadores metabólicos. Isso pode ajudar a identificar distúrbios metabólicos ou outras condições médicas que possam estar relacionadas às convulsões.
Dependendo do caso, podem ser realizados outros exames mais específicos, como testes genéticos, punção lombar (para análise do líquido cefalorraquidiano), exames cardíacos, entre outros, para descartar ou confirmar possíveis causas.
O tratamento para convulsão varia de acordo com a causa. O objetivo principal é controlar as convulsões, reduzir a frequência e a intensidade dos episódios, e melhorar a qualidade de vida do paciente. Aqui estão algumas opções de tratamento comuns:
Existem diversos medicamentos disponíveis, e o tipo e a dosagem serão determinados pelo médico com base no diagnóstico específico do paciente. É importante seguir rigorosamente a prescrição médica e informar o médico sobre qualquer efeito colateral ou falta de eficácia.
Em alguns casos de epilepsia refratária (quando os medicamentos não controlam adequadamente as convulsões), a cirurgia pode ser considerada. O objetivo é remover a área do cérebro que está causando convulsões ou realizar procedimentos para interromper a atividade elétrica anormal. A elegibilidade para cirurgia depende de vários fatores, incluindo a localização e a extensão da área afetada.
Além dos medicamentos e da cirurgia, existem outras terapias que podem ser consideradas, como estimulação do nervo vago (ENV), dieta cetogênica, terapia com canabidiol (CBD) e terapias alternativas, como acupuntura e biofeedback. Essas opções podem ser discutidas com o médico especialista para avaliar sua adequação ao caso específico.
Dr. Felipe Mourão é médico Neurocirurgião no Rio de Janeiro dos principais hospitais e clínicas do Estado.
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